Discutir ajustes e aprimoramentos do Sistema de Avaliação de Desempenho dos Técnicos Administrativos em Educação (AD-TAE)*. Este foi o objetivo da reunião realizada segunda-feira (23) entre a direção do Sinditest-PR, representada pelos coordenadores Elis Regina Ribas e Marcello Locatelli, e os Pró-Reitores da UFPR Marco Ribas Cavalieri, de Administração, e Douglas Ortiz Hamermuller, de Gestão de Pessoas. Também participaram do encontro José Roberto Frega, presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Felipe Sanches Bueno, diretor executivo da AGTIC, Lânia Virginia Busnello Vaz, assessora da PROGEPE, Leonardo Gomes de Melo, da Coordenadoria de Software e Gestão de Dados e Andrea Traub, da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas.
Hoje, o sistema apresenta inconsistências que prejudicam a obtenção de informações para análise dos recursos de avaliação, bem como o retorno de dados para a categoria quanto à transparência. “Essa conversa possibilitou aos gestores presentes compreenderem que as melhorias do sistema devem ser prioridade para a UFPR, visto ter um impacto remuneratório na vida profissional de cerca de 2700 técnicos e também na excelência da gestão. Nesse sentido, é fundamental que a gestão da universidade dê condições para que a AGTIC desenvolva esse trabalho”, ressaltou Elis.
Confira abaixo os principais encaminhamentos!
AS e AI
Para o professor Frega, presidente da CPA, é fundamental para a AGTIC que as unidades demandantes de sistemas saibam quais requisitos precisam ser atendidos – o ideal é que as plataformas necessitem apenas de manutenções rotineiras, visto que há defasagem de pessoal para esta tarefa. A Comissão é responsável pela entrega das notas de Avaliação Institucional e Setorial que fazem parte da AD-TAE.
Na avaliação do Sinditest-PR, os problemas de comunicação não se restringem aos solicitantes. “Estávamos preocupados com tais inconsistências no sistema de AD-UFPR, pois era urgente a administração da Universidade resolvê-los antes do início da AD deste ano. Por isso, demandamos urgência nos ajustes, visto que este sistema tem enorme relevância na vida funcional das técnicas e dos técnicos administrativos em educação. É fundamental que os processos corram com eficiência, maior transparência e propiciem a entrega de resultados que são desejáveis para a progressão da categoria na carreira – no caso os sistemas de AD e, tangencialmente, também o sistema de Avaliação Institucional”, explicou Elis, que sugeriu ainda a integração entre os sistemas como forma de dirimir inconsistências no upload das notas.
Progressão por mérito
O atraso na tramitação das AD implica em demora na implantação das progressões por mérito – assunto pautado na reunião. De acordo com a direção sindical, as técnicas e os técnicos administrativos em educação lotados na UFPR reclamam de atrasos na concessão do benefício.
“Devido ao achatamento dos nossos salários nos últimos anos de governos golpistas e de extrema direita, que não atenderam às reivindicações dos servidores públicos e cortaram investimentos públicos, a nossa categoria passou a ser uma das que tem a pior remuneração de todo serviço público federal e quando você fala de avaliação de desempenho, fala também na progressão por mérito, o que implica em um substancial aumento na remuneração individual. Num panorama onde não temos nada, qualquer diferença salarial é fundamental”, pontuou o coordenador Marcello Locatelli.
Legalidade
Segundo o pró-reitor de Gestão de Pessoas, a avaliação de desempenho dos TAEs da UFPR cumpre com os requisitos de excelência avaliados pela Controladoria Geral da União. Entretanto, usuários não compartilham desta mesma percepção, porque de nada adianta o “reconhecimento” da CGU se as servidoras e os servidores técnicos estão sendo prejudicados.
“A sensação das técnicas e dos técnicos é que para a gestão nunca somos prioridade, mesmo sendo uma categoria profissional fundamental na prestação de serviços à comunidade universitária. Um Sistema de AD precisa que minimamente se atenda a resolução 21/08 e a sua complementação 06/20, em quesitos efetivos de transparência do processo e que hoje não estão disponíveis. Além disso, qualquer um dos elementos avaliativos que compõem a nota, não pode de maneira alguma travar a obtenção da nota final por parte dos TAE. É necessário que as chefias imediatas e subordinados tenham que justificar o motivo por eventuais decréscimos de notas, isso é o mínimo”, enfatizaram os coordenadores.
Uma nova reunião sobre o assunto foi agendada para dar prosseguimento aos pontos. O Sinditest-PR acompanha de perto a questão.
*A Avaliação de Desempenho dos TAE tem um novo ciclo avaliativo anualmente a cada mês de março.