Trabalhadoras e trabalhadores do vínculo EBSERH lotados no Hospital de Clínicas participaram na última segunda-feira (05) de uma assembleia online convocada pelo Sinditest. Em pauta, a discussão sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a apresentação de um estudo encomendado ao DIEESE sobre o impacto das propostas oferecidas pela empresa. Tanto a sugestão da patronal de pagamento do adicional de insalubridade tendo como base de cálculo o salário-mínimo, quanto a de pagamento de R$500 para todos os funcionários, foram rejeitadas pelos participantes da reunião. “A empresa quer tirar de alguns, atacando um direito, para dar para outros através da economia que ela vai ter com a base de cálculo”, afirmou o economista Sandro Silva.
Diante da exposição dos prejuízos que a proposta da empregadora trará para o coletivo, os trabalhadores e trabalhadores decidiram por prosseguir com a negociação. “Queremos fortalecer a negociação nacional a partir do ponto de vista dos nossos trabalhadores, para que possamos fazer pressão. Na nossa visão, a proposta da empresa, do jeito que está, não é favorável aos trabalhadores. Precisamos garantir que o adicional de insalubridade seja mantido no salário base. É um direito do trabalhador. Uma proposta de redução durante a pandemia é até imoral”, destacou o coordenador sindical Máximo Dias Colares.
O Sinditest encaminhará esta decisão à mesa de negociação, se somando a outros sindicatos. O objetivo é garantir que os trabalhadores e trabalhadoras tenham um reajuste digno, condizente com a realidade, sem atacar direitos adquiridos para isso. Foi deliberado também sobre a necessidade de construção de um estudo sobre a situação dos assistentes administrativos que têm um piso salarial inferior à média dos trabalhadores públicos. Este estudo visa à construção de políticas específicas no sentido de corrigir esta injustiça.
Por último, a Assessoria Jurídica do Sindicato prestou informações sobre a ação judicial que reivindica pagamento de adicional de insalubridade, grau máximo, a todos os trabalhadores e trabalhadoras do hospital, durante o período da pandemia. A diretoria fará ainda reuniões setoriais com a presença do jurídico para discutir as situações em cada local de trabalho.