ACT Funpar: categoria rejeita nova proposta de aumento e negociações continuam

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Avançam as negociações do ACT 2018/2019 Funpar. A categoria aprovou, em assembleia realizada hoje (06), as propostas da patronal de R$1.154,00 como salário base para cálculo de insalubridade, além da manutenção das garantias de estabilidade. Os trabalhadores e trabalhadoras bateram o martelo também para o valor do auxílio creche, que agora passa a ser de R$450,00. A proposta de aumento salarial, de míseros 3%, foi rechaçada pela maioria, que não abre mão de um percentual que se aproxime dos 17,65% iniciais. A assembleia autorizou a comissão obreira a chegar até o percentual de 6%.

O valor do vale refeição ainda é ponto de luta: pela patronal o benefício aumenta só 6%. Para os(as) trabalhadores(as), a contraproposta é de no mínimo 10% com diminuição do desconto em folha.

Segue pendente a cláusula que garante a ultratividade. Esse item assegura a validade de ACTs anteriores enquanto um novo acordo não é firmado. “Eles vieram batendo forte nisso, como se a gente também não tivesse estudado a legislação em defesa do movimento sindical. A Reforma Trabalhista veio para sacramentar essa questão da ultratividade. Precisamos garantir que tudo aquilo que já foi conquistado não seja perdido e que não tenhamos que refazer o acordo de cabo a rabo todos os anos”, explicou Adilson Korchak, assessor jurídico do Sindicato.

Para a Comissão Obreira, guerreira e capacitada, ainda há muito trabalho pela frente. “Vamos continuar brigando, eu acredito em vocês. Aqui todo mundo é esclarecido e ama o que faz. A decisão da assembleia vai sempre determinar o que será feito no amanhã”, afirmou a aniversariante do dia e membro da Comissão Obreira Rosaninha Silva.

As negociações continuam a todo vapor. O próximo embate entre Comissão Obreira e patronal acontece já nesta sexta-feira, às 9h30 horas, com informes para a categoria na próxima assembleia, marcada para quarta-feira, dia 13.

Reitor pede confiança

Em reunião de negociação realizada ontem (05), a primeira com o Reitor, Ricardo Marcelo pediu para que a categoria confie. Reafirmou ainda o compromisso de priorizar o pagamento dos salários dos(as) trabalhadores(as), antes de pagar os fornecedores. “Quanto tempo vou precisar provar que valorizo o pessoal da Funpar?”, questionou.

A Comissão Obreira não deixou por menos e rebateu: “tem pouquíssima gente da Funpar em cargos de liderança no Hospital, e o que tem vai sendo tirado aos poucos. Tem pessoas muito qualificadas jogadas nos cantos. Na última assembleia, veio trabalhador falar com a gente chorando. As chefias pressionam, cobram produtividade. Nós já caímos em muitas promessas, já fomos muito enganados. A Funpar sempre fica de lado”, disse a trabalhadora membro da comissão obreira. “Não nesta gestão”, respondeu o reitor. “Então nós queremos que você prove. O senhor é o magnífico reitor e a situação da estabilidade o senhor pode resolver”.

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