Pleito inédito na Unila conta com participação ativa de técnicos

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Atuação de membros do Conselho Universitário foi decisiva para eleição

O ano de 2018 foi histórico para técnicos, docentes e integrantes da comunidade
acadêmica da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, a Unila em Foz
do Iguaçu. Após 8 anos, reitor e vice-reitor foram eleitos pelo voto. Desde 2010, a Unila teve três reitores pro tempore.

O pleito teve características próprias, com o Conselho Universitário (CONSUN) definindo as
regras da consulta em dois cálculos; o paritário, e majoritário (70/30), com participação das três partes, a Comissão Eleitoral foi formada.

Com o lançamento de quatro chapas, a Comissão fez uma avaliação e constatou que em
uma delas, a candidata não havia se desvinculado do cargo atuante de direção para concorrer ao pleito. A não efetivação, causou desgaste à comissão que foi dissolvida, sendo necessária a formação de um segundo grupo. “As regras já estavam estabelecidas, e haveria necessidade de afastamento das funções. Como isso não aconteceu, a chapa foi retirada da disputa. Três chapas disputaram e houve a consulta com uma participação significativa da comunidade.

Em ambos cálculos, a chapa vencedora foi legitimada pelo conselho”, confirmou Ana Paula Nunes, assistente social que integra o corpo técnico da Unila e participou do pleito.Ainda com os percalços, o processo foi concluído com sucesso e hoje, o reitor eleito Gleisson Alisson Pereira de Brito aguarda sua nomeação para assumir a universidade.

Para ele, a participação dos servidores TAEs foi fundamental para o andamento do processo. “Técnicos, discentes e docentes se dedicaram muito para que o processo pudesse ser concluído. Para nós está claro que, sem esta troca de saberes e de visões, não teríamos conseguido o êxito que caracterizou a conclusão do pleito”.

Pereira classificou, sua gestão como dialógica, promovendo e abrindo-se para o debate. “Para que isso aconteça é preciso que gestores mantenham um contato contínuo com a comunidade acadêmica, visando decisões acertadas quanto às expectativas e visões dessa comunidade. Nós temos a concepção de que a gestão deve ser realizada tanto por servidores técnicos quanto por servidores docentes, sendo que a base para esta decisão deve ser a valorização de competências. Neste sentido, a capacitação continuada de nossos servidores deve ser uma política institucional fortalecida”.

Ao novo reitor foram encaminhadas demandas da categoria dos técnicos, tão logo o
resultado foi divulgado. “Na pauta com o novo reitor tratamos de assuntos importantes para a categoria como a flexibilização da jornada para unidades que atendem aos requisitos legais, uso do ponto eletrônico, cargos do primeiro escalão para técnicos, defesa incondicional da manutenção do projeto original da Unila, além da necessidade de promover audiência pública para debater a reforma da previdência e posicionamento político diante do futuro governo federal”, confirmou Warner Lucas, delegado de base
e coordenador da próxima gestão do Sindicato.

Além desses temas, também foram abordados o ideário em torno do número de servidores TAEs necessários para atendimento de toda a demanda, estratégia para consolidação da Infraestrutura Universitária, Plano Diretor, reforma administrativa, paridade nos órgãos de colegiado, e até mesmo a proporção do papel do TAEs na administração da universidade, também integraram o documento.


Pontos
Diante de um novo momento político, com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), que
assume em 2019, as discussões referentes ao futuro da universidade federal vêm à
tona, mas não são classificadas como surpresa pelo reitor eleito. “Não é novidade no
país o fato de que universidades vem passando por dificuldades. Nós defendemos a
ideia de uma universidade pública, gratuita e de qualidade”, mas ao mesmo
tempo apontou para uma gestão pragmática, “capaz de buscar novas fontes de recursos para a instituição, reduzir os custos, e sempre estar focada na excelência do tripé constitucional do ensino, pesquisa e extensão”.

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