Campus de Comunicação Social da UFPR.
As eleições do Sinditest-PR acabaram no dia 12 de novembro, com a vitória da Chapa 1, “Sindicato é pra Lutar”, ligada à central sindical CSP-Conlutas. Imediatamente, começaram as perseguições aos seus apoiadores. Um exemplo: o chefe do Departamento de Comunicação Social (Decom), professor Mário Messagi Junior, colocou o servidor Valter Antonio Maier à disposição da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). Quais as razões?
1. Valter Antonio Maier foi apoiador de primeiro momento e participou de todo o processo eleitoral que levou à vitória da chapa “Sindicato é pra Lutar”. Mário Messagi Junior é integrante da tendência Democracia Socialista (DS), do PT, e tem ligações políticas, partidárias e sindicais com pessoas que integraram a Chapa 2, “Todos Juntos Somos Fortes”, ligada à CUT e derrotada no pleito do Sinditest-PR.
2. Várias ações mostram que Messagi Junior vem apoiando e implantando, no campus de Comunicação Social, as políticas de ataque aos trabalhadores do Governo Dilma. Durante a greve, ele convocou uma assembleia comunitária do departamento, na qual questionou o porquê de os técnicos administrativos estarem parados. Na mesma oportunidade, defendeu a implantação do controle eletrônico de para os servidores.
3. Terminada a greve, em reunião sobre as 30 horas, Messagi tornou a expor sua posição pela implantação do ponto eletrônico. Além disso, opinou que a jornada flexibilizada não deveria se estender a todos os trabalhadores do departamento.
4. Em paralelo, apareceram no Facebook denúncias de que o diretor do Setor de Artes, Comunicação e Design (Sacod), Dalton Razera, não cumpriria sua jornada legal de trabalho, que é de 40 horas. O servidor investido em cargo de direção tem essa obrigação. Com autorização de Messagi, foi realizada uma devassa nos computadores do Decom. Uma informação anônima dizia que a denúncia havia partido de Valter Antonio Maier, que trabalhava na secretaria do departamento. Nada foi encontrado ou ficou provado, embora a investigação dos computadores tenha sido conduzida pelo próprio Razera e seus assistentes.
Mário Messagi Junior cobra que todos os técnicos cumpram sua jornada, nada mais justo. Porém não informa que o Decom liberou três docentes para o pós-doutoramento (Minas Gerais, Santa Catarina e Moçambique) e que recentemente autorizou outro docente a trabalhar, por um ano, no Paraguai, em projeto do Mercosul. Para os docentes tudo é permitido?
A direção do Sinditest-PR fez uma tentativa de contemporização junto ao chefe de departamento neste caso, porém não obteve resultado algum. O sindicato lamenta que, em 2015, um servidor de universidade ainda seja perseguido por suas posições políticas. Esse caso demonstra, mais uma vez, o autoritarismo que está impregnado na instituição.
A Direção.