Práticas autoritárias leva crise à diretoria do SINDITEST-PR

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Essa nota tem por objetivo explicar o porquê que um pequeno grupo de burocratas tomou de assalto o sindicato. Estes membros têm tomado diversas decisões unilaterais em nome do sindicato, à revelia de sua diretoria colegiada, desrespeitando assim o Estatuto do Sinditest-PR e suas instâncias deliberativas. Vejamos alguns fatos:

  • Decisões Autoritárias e Condutas Machistas – Os primeiros atos truculentos começaram definitivamente aparecer ainda esse ano durante a greve. Em uma das Assembleia Gerais de greve foi aberto um ponto onde se relatou que três diretores do sindicato, com o objetivo de esvaziar uma ocupação no gabinete da reitoria da UFPR, destilaram práticas truculentas, machistas e misóginas para com as mulheres grevistas que estavam na ocupação. Desde então os burocratas 01, 02 e 03, inconformados com sanção aplicada pelo Comando Estadual de Greve na época, tentaram de todos as formas desmobilizar e acabar com a greve e com o prerrogativa do próprio Comando.

 

  • Coletivo Unir e a dissimulação de pertencimento –  Os burocratas se organizam por meio do Coletivo Unir da Fasubra, também conhecido como Bloco Cutista-PT, que tem como uma das coordenadoras gerais na Fasubra, Cristina Del Papa. Os burocratas elegem delegados para o coletivo UNIR, vestem a camisa do coletivo UNIR, organizam atividades com coordenadores da Federação que são do coletivo UNIR, defenderam precocemente o término da greve como o coletivo UNIR também defendeu. Mas, como são burocratas dissimulados e mentirosos, quando perguntados se pertencem a algum coletivo, dizem que não.

 

  • Centralização e Desmobilização com intuito de enfraquecer a mobilização – Uma das tentativas de acabar com a greve foi quando os burocratas tentaram induzir a categoria a não aprovar o Fundo de Greve. Na lógica dos burocratas toda a aprovação de pagamentos de gastos durante a greve teria que passar por aprovação deles, para assim, burocratizar e centralizar os gastos, desmobilizando a categoria em seu momento mais importante. A maioria dos trabalhadores presente em Assembleia percebendo o perigo dessa prática, aprovou o Fundo de Greve e delegou a organização da greve para o Comando Estadual de Greve. Os burocratas ainda mais indignados com essa derrota, tentaram de todas as formas desautorizar o Comando Estadual de Greve, mas sem sucesso. Foram contra o formato de Assembleias Híbridas para impedir que grande parcela da categoria participasse das Assembleias, mas neste quesito também não obtiveram sucesso. O burocrata 03 também conhecido por sua grosseria e truculência, tentou de todas as formas implodir a primeira Assembleia de Greve no formato híbrido, não à toa posteriormente teve sua atuação na greve rechaçada pela categoria, com vaias a cada intervenção.
O Fundo de Greve foi muito importante para encampar duas Caravanas a Brasília, envio de delegados ao Comando Nacional de Greve (CNG), custeio com materiais, faixas, panfletos, passagens, hospedagens, locações etc. No entanto, o Fundo de Greve também teve um papel muito importante nas próprias finanças correntes do sindicato, que ficou voltado basicamente para os gastos com recursos humanos, administrativos, impostos e infraestrutura.

 

  • Cortina de Fumaça e Autoritarismo- manipulação do discurso – É falácia dos burocratas em dizer que agora o sindicato tem dinheiro em caixa por conta de uma suposta inciativa deles. A diretoria colegiada no ano passado fez uma avaliação para redução de gastos, tudo aprovado dentro do colegiado como determina o Estatuto da entidade. Na época os burocratas queriam demitir quase que metade dos funcionários do sindicato, chegaram a fazer uma reunião com os funcionários dizendo para todos quem seria demitido e quem não seria. Um absurdo! Prática típica da patronal assediadora! No entanto, os burocratas insistem em criar uma cortina de fumaça, com falsas acusações e ilações para com a maioria da diretoria que nesse momento os acusam publicamente de assédio, autoritarismo e truculência, machismo e descumprimento das regras do Estatuto do sindicato. Por conta disso a maioria da diretoria chama por novas eleições para o sindicato.

 

  • Reformas e a falta de transparência – decisões ignoradas no discurso dos burocratas – As mais recentes reformas das sedes do sindicato se devem em muito e são frutos de uma política acertada de aprovação do Fundo de greve. A aprovação do fundo descentralizou os recursos e possibilitou uma greve forte com atuação pela base. Por outro lado, os recursos economizados das contas do sindicato se devem em muito a essa iniciativa durante greve. É uma conquista dos trabalhadores que entenderam e acertaram nessa política, e não de meros burocratas que agora querem fazer cortesia com o chapéu dos outros. A reformas das sedes do sindicato são muito bem-vindas e necessárias, inclusive já estavam previstas dentro do planejamento anual. No entanto, é de suma importância que essas reformas sejam realizadas com transparência e responsabilidade. Devem ou deveriam ser aprovadas na diretoria colegiada, por se tratar de gastos extremamente elevados, deveria assim, por meio da diretoria colegiada e conselho fiscal, criar uma comissão de fiscalização dessas obras. Mas os burocratas tocam tudo sozinho, a toque de caixa, sem transparência e fiscalização, prática essa cujo interesses escusos ainda desconhecemos.

 

  • Contradições e falta de palavra por parte dos burocratas sindicais –  Os burocratas falam em colocar a casa em ordem, mas a única casa em ordem que colocaram foi o de assediar funcionários e demais diretores do sindicato. A prática patronal tem seu reflexo no burocrata que tem cago de Chefe de Setor da EBSERH, por indicação política da Claudete. E as práticas autoritárias aumentaram ainda mais quando a diretoria colegiada pressionou para que o sujeito deixasse o cargo de chefe da EBSERH, como acordado antes da eleição da atual gestão. Não é segredo para ninguém que o burocrata não cumpriu a decisão, não à toa que esse burocrata sumiu durante a greve, e não participa de nenhuma ação de confronto dentro do CHC.

 

  • Autoritarismo e Práticas Opressivas – abordagens coercitivas –  Atualmente os funcionários do sindicato são impedidos de repassar os dados do cadastro sem a autorização prévia dos burocratas, também são impedidos de informar número de ofício ou fazer um ofício a pedido dos demais diretores, sem que os burocratas novamente autorizem. Por conta disso, nós da maioria da direção, não estamos pressionando por disputas de dentro do aparato do sindicato. Até porque queremos evitar um tensionamento que possa prejudicar ainda a saúde física e mental dos funcionários e demais diretores. Os burocratas deixaram o clima dentro do sindicato inóspito, alguns funcionários até já pediram a conta e da nossa parte lamentamos em muito que estejam passando por toda essa situação. Assim, aprovamos na última Assembleia Geral a constituição de uma comissão para apurar esses casos de coação e machismo.

 

A luta pela transparência exige eleições antecipadas

Essa crise no sindicato é lastimável, pois quem sai perdendo com tudo isso é a própria categoria. Afeta a saúde física e mental de funcionários e dos envolvidos. Não podemos admitir essas práticas de assédio e atropelos no sindicato. O Sinditest-PR é um sindicato de luta e sindicato serve para mobilizar e promover a luta dos trabalhadores, e não o contrário. Por conta disso, nós que somos maioria de diretores e diretoras, conclamamos a categoria para a antecipação das eleições do sindicato. Só assim, restabeleceremos a normalidade por meio de um processo democrático que respeite o Estatuto da entidade.

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