Desmonte do SUS. Uma tragédia anunciada

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Não é novidade que a política do Governo Federal está aumentando a informalidade no trabalho, reduzindo a renda e elevando o desemprego. Mas isso não é o suficiente. Eles querem reduzir a amplitude do Sistema Único de Saúde (SUS)! Para isso, preparam uma “reforma administrativa” no setor público.

Para a diretora do Sinditest-PR, Consuelo Trancoso, a sociedade precisa de saúde pública de qualidade. “Isso envolve investimentos em qualificação de profissionais e condições de trabalho. No final, tudo isso vai refletir na ponta, no cuidado com o cidadão”, afirma.

Porém, o Governo Federal não está para brincadeira. Vestiu a carapuça ultraliberal de vez e já anunciou estudos preliminares sobre a Reforma Administrativa no setor público. Palavras de ordem do tipo: ajuste fiscal, redução do Estado e mais “eficiência” nos serviços públicos ecoam na boca dos governistas. Mas esse projeto, na verdade, coloca em risco as carreiras dos servidores e os serviços públicos no país.

A diretriz do atual governo prioriza reduzir o quadro de trabalhadores na área e encolher ainda mais os investimentos nas áreas sociais. Só no SUS, ao longo dos últimos anos, o governo alterou o padrão contratual dos funcionários, reduziu o número de estatutários, piorou as condições de trabalho, aumentou a rotatividade dos mesmos e, como consequência, inflou os problemas de saúde no trabalho.

O reflexo dessa política é a recente Reforma Trabalhista e a possibilidade de Reforma Administrativa no setor público. “É uma contradição, enquanto se aumenta a desigualdade com essa política ultraliberal, sucateia-se o serviço de saúde pública. É justamente essa a área em que as pessoas menos favorecidas mais precisam”, completa Consuelo.

O Ministério da Saúde sinalizou que o orçamento de 2020 será de aproximadamente 123 bilhões de reais. O valor ficou no limite do que determina a Constituição Federal, mas ainda vai depender de emendas parlamentares para atingir esse mínimo.

Só os recursos para vacinas foram reduzidos em quase R$ 400 milhões. Essa é uma realidade quer será sentida no HC-UFPR, que já convive com a falta de insumos básicos.

Sem política para tirar o país do atoleiro econômico e social, o governo vai cortar justamente na fatia que atinge as pessoas que mais necessitam.

Fonte: Sinditest-PR

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