Diário de Greve da Funpar: desfecho autoritário e cruel contra os funparianos

Clima de comoção. A vida dos funparianos está uma gangorra. Hora está em um pico de adrenalina, lutando por direitos e mobilizados na greve. Depois, apunhalados pelas ações da gestão do HC-UFPR e por uma decisão judicial que desconsidera toda a dedicação que essas trabalhadoras e esses trabalhadores tiveram em décadas de atendimento à sociedade.

O quarto dia de greve no Hospital de Clínicas (HC-UFPR) foi o mais difícil para os funparianos. Aconteceu uma mistura de sentimentos e nada pode ser explicado diante de tamanho desrespeito.

Enquanto aconteciam as mobilizações, a gestão do HC começou a chamar alguns trabalhadores da Funpar para entregar a carta de demissão. Para completar, apareceu um oficial de Justiça para notificar funparianos e sindicatos.

No documento: a exigência, expedida pelo Judiciário, de retorno imediato às atividades. Para o Sinditest-PR, a notificação significa acabar com a greve para que os trabalhadores sejam demitidos.

A ação não tem outro objetivo. É uma crueldade sem tamanho, porque ali naquela mobilização estavam sendo depositadas as últimas esperanças de pessoas que se dedicaram por décadas ao próprio Hospital. E além de lhes tirar o emprego, agora querem tirar também a esperança de centenas de pessoas.

De que adianta serem obrigados a voltar ao trabalho forçadamente para demiti-los daqui a poucos dias?

O Sinditest-PR prontamente colocou todo seu suporte jurídico, inclusive com plantão, para atender os trabalhadores, assim como atendimento psicológico.

Mas a luta continua. Já na segunda-feira (18), às 14h, haverá audiência pública marcada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A concentração será às 12h em frente ao Sinditest-PR.

Confira no vídeo como foi o quarto dia de greve das trabalhadoras e dos trabalhadores da Funpar no HC-UFPR: