30 Horas na UTFPR: COUNI nomeia comissão nesta quarta (25)

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Termina nesta quarta-feira, dia 25, o prazo para que o COUNI institua uma comissão para análise da jornada flexibilizada na UTFPR. Na última sexta-feira, dia 20, o Conselho Universitário da instituição esteve reunido no campus Curitiba para discussão do assunto. Na pauta da sessão polêmica, marcada pela intransigência habitual da Reitoria, constava a leitura das Recomendações da Controladoria Geral da União (CGU) ao COUNI, relativas as 30 horas. Os(as) técnicos(as) administrativos foram impedidos(a) de acompanhar  o encontro, realizado à portas fechadas. A categoria reivindica agora paridade. “Eu sou o presidente, portanto nomeio quem e como eu quiser!”, afirmou o reitor Luiz Alberto Pilatti.

O sentimento geral foi de boicote. Os trabalhadores e trabalhadoras, conforme o deliberado em assembleia, pretendiam fazer uma intervenção no Conselho, com falas em defesa das 30 horas, além da entrega do ofício em defesa da jornada flexibilizada. Nada disso aconteceu. Aos técnicos e técnicas, que vieram em caravana, restaram apenas três minutos para que apresentassem uma manifestação em relação ao procedimento.

“Estamos aqui para fazer um apelo porque essa discussão é extremamente importante para a Universidade e para os técnicos administrativos da UTFPR. Esta é uma pauta nossa de mobilização desde 2014, que era a constituição de uma comissão central para avaliação do processo da jornada flexibilizada, que está desde 2012 funcionando. Estamos nos colocando à disposição para participarmos deste processo”, argumentou o representante dos técnicos.

Paridade

Para o Presidente do Conselho, Luiz Alberto Pilatti, está descartada a possibilidade de constituição de comissão paritária. No entanto, este é um direito dos técnicos e técnicas, assegurado pelo próprio regimento do COUNI no artigo 2°.

“Uma das coisas que foi colocada em questão é que o próprio regulamento do Conselho permite comissão paritária. Não é uma brecha, o COUNI fala explicitamente”, explicou o coordenador do Sinditest e trabalhador da instituição Carlos Pegurski.

Na avaliação da direção do Sindicato, uma comissão não paritária é injusta e prejudica a categoria.  “A Reitoria defendeu uma comissão composta só por Conselheiros Universitários. Se os 40 e tantos conselheiros quiserem fazer parte, teremos uma comissão deste tamanho. E a LDB é bem antidemocrática: 70% dos órgãos colegiados têm que ser formados por docentes. E, além disso, na UTFPR até os pró-reitores têm direito a voz e voto”, lamenta.

20 milhões em jogo

Foi na base da chantagem que Pilatti conseguiu a manutenção da sessão. “Hoje tínhamos uma matéria extremamente importante que se não deliberássemos iria trazer um enorme prejuízo para a Universidade”.

A matéria em questão seria um convênio de R$20 milhões entre a Copel e a UTFPR.

Mobilização

O momento pede mobilização. A ameaça às 30 horas é real! “Agora temos que fazer uma campanha de conscientização nos campi, explicar as 30 horas, marcar reunião com os conselheiros. Vamos ter que lutar para não perdemos a nossa jornada!”.

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