25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

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Hoje, 25 de novembro, celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Uma data de luta, voltada para a reflexão sobre este grave problema, que afeta todos os dias milhares de mulheres no Brasil e no mundo.

Este tipo de agressão, que não se restringe ao âmbito doméstico, se diferencia das demais por ter o sexo das vítimas como fator determinante. Ou seja, é uma violência de gênero, que pode se manifestar de diferentes formas: através de abusos psicológicos, cerceamento econômico, privação de liberdade e, em casos mais graves, em ataques físicos e estupros, que muitas vezes resultam em morte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o 5º lugar entre as nações que mais matam mulheres no mundo. Outro levantamento, desta vez realizado pelo portal G1, mostra que o país registra um caso de feminicídio a cada 7 horas e um caso de agressão a cada dois segundos. Somente no ano passado 1.314 mulheres foram assassinadas – a maioria delas pelos seus ex-companheiros, que não aceitaram a separação.

Este cenário, que já era terrível, foi ainda mais agravado pela pandemia. De maio até agosto quase 500 mulheres perderam suas vidas de acordo com o monitoramento “Um vírus e duas guerras”. Somente no estado de São Paulo, os casos de violência contra mulher aumentaram, neste período, 44,9%.

Vale lembrar que a violência contra a mulher não se limita a um grupo específico. Ela atinge mulheres de todos os credos e raças, de crianças até idosas, independente da classe social. Sua forma mais comum, a violência física, se manifesta, sobretudo, no ambiente doméstico. De acordo com o estudo Mapa da Violência 2015, quando crianças, as agressões às mulheres costumam partir dos seus pais. Na adolescência, dos pais ou dos parceiros. No grupo das mulheres adultas, o agressor costuma ser o parceiro ou o ex. Já a violência contra mulheres idosas é cometida, na maioria dos casos, pelos filhos.

“Sabemos que a violência de gênero é uma prática enraizada no Brasil, vista como natural ou comum às relações entre homens e mulheres. No entanto, estamos decididas a colaborar para a mudança deste quadro. Não podemos tolerar que esse abuso se perpetue. Exigimos do governo políticas públicas que protejam as mulheres, exigimos que as gestões das nossas universidades olhem como seriedade para este problema e que acolham as trabalhadoras que são vítimas deste tipo de situação. A igualdade de gênero e a erradicação da violência contra a mulher devem ser um compromisso assumido por todos”, finaliza Flávia Cordeiro, coordenadora da pasta de Combate às Opressões do Sinditest.

 

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